A exposição Ecomaterioteca foi inaugurada dia 10 de outubro no Mumo – Museu da Moda em Belo Horizonte. É um projeto inovador e itinerante, que terá como sede o estado de Minas Gerais, mas que será compartilhado com os outros estados, podendo ser exposto em vários espaços, privilegiando as áreas identificadas como polos da moda brasileira.
Gabriela Leite Marcondes Schott sócia-proprietária da G.M. Gestão de resíduos têxteis, professora do MBA Direção Criativa em Moda da UNA e Geanneti Tavares Salomon professora do curso de Moda da UNA são as idealizadoras e curadoras do projeto. Denise Frade é a designer de Moda e Ana Lúcia Chagas Barbosa da Verdi Arquitetura é a arquiteta responsável pelo projeto expográfico sustentável.
Com o objetivo de ser um acervo itinerante no qual estão reunidos e catalogados ECO materiais têxteis que estejam dentro dos parâmetros sustentáveis, com a intenção de fomentar práticas sistêmicas de produção de vestuário e acessórios de moda, bem como de produtos de outras áreas do conhecimento, pesquisas e consultas ao acervo, em constante renovação.
Para proporcionar o trânsito entre o mercado e a academia o Coletivo EKÔ foi criado envolvendo 13 alunas dos cursos de Moda e Design de Interiores do Centro Universitário UNA empenhadas na produção dos looks e da cenografia da exposição juntamente com a Verdi Arquitetura e Sustentabilidade, em parceria com a Leroy Merlin.
Foram convidadas marcas e designers mineiros já inseridos no mercado da Moda e do Design para criar produtos com os materiais do acervo da Ecomaterioteca: Apartamento Crochê, Carlos Penna, Cooperárvore, Denise Valadares, Diwo, Grama, Heliana Lages, Mary Arantes, Nuu Shoes, Patrícia Dias Joias, Tiê.
Os designers convidados se surpreenderam com os ECO materiais apresentados e deixaram explícita uma importante missão da Ecomaterioteca: levar ao conhecimento das indústrias da Moda os materiais responsáveis da indústria têxtil nacional, unindo as duas pontas, fabricantes de materiais-primas e fabricantes de produtos.
As amostras dos produtos estão sendo categorizadas, catalogadas, socializadas e divulgadas à profissionais, pesquisadores e estudantes das áreas de Moda, Design, Arquitetura, Arte, Comunicação, além do público em geral que visitou a exposição. Isso traz benefícios diretos às indústrias têxteis parceiras: Aradefe Malhas, Casulo Feliz, Canatiba, Cedro, Ecosimple, E-Tex Ecológica, Innovativ, Malhas Menegotti, RVB Malhas, na medida em que terão acesso a essas pesquisas e seus resultados.
As empresas parceiras da Ecomaterioteca teve suas marcas vinculadas às práticas sustentáveis e divulgadas em peças gráficas impressas e eletrônicas, mídias sociais, releases e materiais distribuídos à imprensa.
Durante a exposição foram oferecidas atividades instrutivas como aula aberta, oficina e palestras, além de visitas guiadas com os mais diferentes públicos. Foram cadastrados 3.538 visitantes conforme controle de assinaturas durante a temporada de exposição da Ecomaterioteca no Museu da Moda.
A reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos têxteis garantem o futuro da moda, pois esta é a única forma de manter um sistema que foi implementado pelo capitalismo selvagem e que deverá caminhar para um capitalismo inclusivo, consciente e sustentável.
Os novos negócios da Moda têm que se pautar em estar a serviço da TRANSFORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL.
O projeto Ecomaterioteca está alinhado com as políticas da ONU em sua Agenda para 2030, pois suas ações caminham para levar a sociedade ao consumo saudável, ao reaproveitamento e à reciclagem de resíduos, promovendo bem-estar para todos, na medida em que isso se reflete na gestão sustentável dos recursos do planeta.
A Ecomaterioteca promove um diálogo necessário e urgente entre as indústrias têxteis focadas nos ECO materiais têxteis e os designers e marcas que têm como princípio ético a transformação da sociedade em busca do equilíbrio ecológico.
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